REC se propõe a percorrer a topografia de um corpo-mulher. Virtual, sistemático, um composto imagético programado para absorver e reproduzir toda a intensa circulação de informações característica do mundo contemporâneo. Uma imagem projetada com perfeitas proporções e conteúdo controlado. Ação simples, composta por um lento e gradual crescendo, que transforma um comportamento cíclico em exaustão e reconfiguração, tudo ao alcance de um click. Contorções de um corpo feminino pertencente a fôrma midiática, corporeidade que satura sua instantaneidade.

Atmosfera virtual onde telas se posicionam estrategicamente, afim de criar simultaneidades de movimentação e dar margem a experimentação dos fruidores, que tornam-se ativos no ato de capturar imagens e reproduzi-las.  Colapso entre realidade e abstração. Frequência vital de desmaterialização. As dramaturgias de som, luz e corpo correlacionam-se, compondo em tempo real uma dança que se reconfigura a cada instante.. Compartilhada e reproduzida.